Mercado aberto: depois da Uva, São Sepé quer explorar cultura das oliveiras.

“A Prefeitura está de parabéns por ter entendido que este é um mercado viável e de amplas possibilidades”. A frase é do palestrante da Emater (regional de Santa Maria), Alfredo Schons, durante a realização do 1º Seminário de Olivicultura de São Sepé, ocorrido na sexta-feira, 23, no auditório da Fundação Cultural Afif Jorge Simões Filho. Autoridades e, principalmente, produtores rurais do município, debateram a possibilidade de intensificar o cultivo das chamadas oliveiras em solo sepeense.

A iniciativa da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e Secretaria de Desenvolvimento Econômico, ainda teve como parceiros da Emater-RS/Ascar e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, e busca ampliar o mercado, com destaque às alternativas de renda aos pequenos produtores. “Somos excelentes no cultivo de arroz e soja, mas é importante que se diversifique a produção como garantia de renda”, ressaltou o prefeito Léo Girardello também ao lembrar do já consolidado mercado da uva no município. “Em 2013 sonhávamos em cultivar as videiras e hoje já temos até festa da uva. Que nos próximos anos também estejamos comemorando o sucesso das oliveiras”, destacou Girardello.

O mercado das oliveiras envolve, dentre outras ações, a produção do azeite de oliva e das próprias azeitonas. “São 10 milhões de hectares no mundo todo, 46% disso concentrado na Espanha”, apontou o palestrante. Ele ainda debateu dados importantes como as importações do azeite de oliva no Brasil, que é o 3º maior mercado importador do mundo. “É preciso analisar estes dados e reconhecer que estamos diante de um mercado de muito potencial”, avaliou Schons que lembrou que só em azeitonas o país importa cerca de 121 milhões de dólares. As condições climáticas favoráveis também foram objeto de destaque.

Durante a manhã, ainda falaram o Diretor Técnico da Tecnoplanta, Osmar da Rosa, que esclareceu como funciona o comércio do produto. A empresa, inclusive, possui parcerias com produtores das oliveiras, vendendo a semente e adquirindo o resultado do plantio. Outro momento de destaque foi o lançamento do “Programa Estadual de Olivicultura”, feito pelo coordenador do programa de Olivicultura da SEAPA, Paulo Lipp João.