Monumento em homenagem ao Índio Sepé Tiaraju

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O monumento que homenageia o índio Sepé Tiaraju foi instalado nos anos 90 na avenida Getúlio Vargas. Assinado por Zeca Teixeira, ele foi construído a partir de sucatas de ferro.

A proposta de construir uma estátua alusiva ao personagem histórico que dá nome à cidade já era debatida bem antes disso. Em 1973, professores do Colégio Madre Júlia sugeriram uma mobilização para a implantação do monumento, que inclusive repercutiu em jornais da época.

 

Quem foi Sepé Tiaraju?

Líder indígena brasileiro, Sepé Tiaraju (1723-1756) esteve a frente de uma rebelião para resistir às forças ibéricas que desembarcaram no atual território do Rio Grande do Sul com o objetivo de cumprir o Tratado de Madri. Nascido nas missões jesuíticas, mais precisamente em São Luiz Gonzaga, rebelou-se contra o acordo assinado entre Portugal e Espanha em 1750, que previa a entrega de parte da região das Missões aos portugueses, justamente onde os padres jesuítas castelhanos realizavam a catequização dos índios guaranis e mantinham seus povoados. A famosa frase “Esta terra tem dono” é atribuída a ele dentro desse contexto histórico.

Sepé Tiaraju veio a tombar em 7 de fevereiro de 1756, em um confronto com espanhóis, em São Gabriel, onde foi ferido por lança e levou um tiro.  Três dias após sua morte, o exército indígena foi derrotado na batalha de Caiboaté.

Símbolo de luta e resistência, o indígena passou a ser popularmente venerado, tornando-se, inclusive, personagem de mitos, lendas e devoção. Em São Sepé, há a crença de que a Pulquéria – um trecho de pequenas cascatas no rio São Sepé – teria sido formado a partir das lágrimas de dor e saudade da índia de mesmo nome, apaixonada por Sepé Tiaraju, que partiu para suas lutas.

 

Curiosidades:

– Em 2018, a Diocese da cidade de Bagé, na Região da Campanha do Rio Grande do Sul, recebeu uma resposta positiva do Vaticano sobre o pedido de beatificação e canonização de Sepé Tiaraju, também conhecido como São Sepé.

– Herói oficial registrado no Panteão da Pátria, Sepé pode se tornar o primeiro santo indígena do Brasil.